terça-feira, 7 de junho de 2011

Luto de tudo.

É difícil.
Luto do que perdi, daquilo que idealizei, luto do que pensei que tinha. A ilusão de que "tudo podia ser meu para sempre".
Tenho saudades tuas.

domingo, 17 de abril de 2011

Verdade.

Quando o vento passa por mim, é que me apercebo que o meu corpo permanece no mesmo lugar. São apenas os cabelos que esvoaçam e me fazem sentir viva. As pernas pedem para ser cruzadas na cadeira, uma a tocar na outra. Os braços caídos. A boca entreaberta, pede-me oxigénio. A cabeça que é sustentada pelo pescoço, ele, que é sempre tão firme, pede-me descanso. São horas a pensar, sem fugir de o fazer. É preciso pensar. Aí, também me sinto viva.
Naturalmente, os suspiros aparecem e desfazem-se na respiração. A angústia vai sendo transportada para outro lugar, com novas legendas, outros significados. É aqui que nasce a pureza do existir. A dor transcende todo o sofrimento que pode ser expressado. É cruel, é duro, mas autêntico. Disto não estou a fugir, de sofrer.
Ao olhar para ti, para ti e para vocês, há partes dissonantes e isso afasta-me. Não quero ser assim. Não quero fingir que me amo, sem me amar, não quero ser egoísta só para me defender. Agarrar-me ao que é fácil, para me distrair, não! Eu preciso de verdade. Foram 25 anos de mentiras e de falsas verdades. Foi o que me ensinaram até hoje. Quero que me ensinem com outros livros, aqueles sem capas.
Sinto-me viva, porque me afastei de quem finge sentir. Quem não escuta, quem não contempla, quem não escreve, quem não lê, quem não dá, quem não elogia, quem vive em função do buraco que nasceu consigo, algures entre o peito e os pés.
O corpo continua aqui comigo e os anos também. Que ambos vão perdendo o seu peso. Por favor.
Àqueles que sentem e sabem escutar, eu abraço e beijo. Aos outros, tenho de deixar que se escondam por aí, seja em que rua for, mesmo sabendo que deixam o rabo de fora.

Quando deixei de escrever?

Nunca.
Quando deixei de amar?
Nunca.
Quando deixei de dar?
Nunca.
Quando deixei de ver?
Nunca.
Quando deixei de sentir?
Nunca.

Hoje faço tudo isto, só o tenho de fazer de outra forma.

A realidade da verdadeira necessidade

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010


"How can anybody say they know how I feel?
The only one around here who is me, is ME."

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Não acredito, porque eu sei o que foi o Amor. E ele não era assim.
Vou-me embora, de mansinho.